O terra-corpo-território e o dançar de jovens negras quilombolas

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Resumo

O artigo tem como objetivo analisar a enunciação singular dos corpos de jovens mulheres negras quilombolas, no movimento de terra-corpo-território. O conceito anuncia-se aqui como recinto imediato de 8 jovens mulheres que narram sobre outros viveres e modos de ser possíveis. Metodologicamente, o estudo parte de uma pesquisa-intervenção, a qual utilizou como instrumentos o diário de campo, a observação participante e os encontros colaborativos. Durante 8 meses acompanharam-se ensaios, debates e atividades de campo. A análise é fundamentada por duas bases: a perspectiva teórico-metodológica decolonial e o conceito de terra-corpo-território. A pesquisa evidencia que o grupo de dança abre para aproximação de singularidades e integração de vivências emocionais negras quilombolas; ressoa sobre indignação e resistência, apresentando, através da corporeidade, um outro mundo possível, inclusive que a dança é preservação do estado de negritude que se inscreve no corpo, na memória e na percepção.

Palavras-chave:

terra-corpo-território, dança, juventude, quilombo, gênero

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