Este artigo observa como as grandes transformações (econômicas, políticas e culturais) contemporâneas influenciam a vida cotidiana da família, da infância e da juventude. A partir daquela problemática, explora-se a literatura das ciências sociais sobre o conceito de gestão do risco social, mais especificamente no âmbito da infância e juventude em situação difícil. De fato, a teoria do risco transformou-se atualmente numa grande preocupação, talvez exagerada e de interesses políticos. Esta observação documental reúne e contrasta informações de materiais em sua maioria do Reino Unido, da América Latina e do Chile. Parte de uma revisão histórica do conceito de risco, identifica uma série de esquemas teóricos para abordá-lo, e em seguida se concentra no debate da gestão do risco com relação à infância em situação difícil. Observa-se que faz falta ainda um modelo de intervenção social do risco. Contudo, identifica-se um contínuo entre duas grandes tendências: uma com enfoque no controle e que busca evitar o risco, enquanto a outra enfatiza a participação e o empoderamento, tomando riscos positivos. Inclui-se desafios para investigações futuras neste âmbito.